sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

11:20

[informante secreto] uma atualização: gary barlow foi visto pela última vez visitando praias exóticas do nordeste brasileiro. vestia apenas algumas camadas de protetor solar fator 60. parecia feliz. rumores ainda não confirmados indicam que ele encerrou sua peregrinação litorânea para passar o réveillon em regiões pouco nobres da zona oeste paulistana. seria uma escolha inusitada. mas os astros pop nasceram para surpreender. não é mesmo?

ainda segundo fontes que preferem manter o anonimato, há fortes indícios de que ele tenha desejado boas festas a todos, conforme prometido em sua mensagem anterior.

consultado sobre as possíveis new year's resolutions do cantor, um conhecido astrólogo paulistano afirmou que ele deverá se dedicar mais às atividades blogosféricas em 2011. a lua em câncer e a ameaça de ser chicoteado publicamente por uma certa atriz americana parecem ter influência direta sobre a decisão. o ano também promete muito romantismo para capricornianos do terceiro decanato. se você for um deles, aproveite. ou fuja.

aguardemos novos boletins sobre o paradeiro de barlow. e feliz 2011.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

18:08

[tippi hedren] eu estava lendo o blog dela e senti saudades do tempo em que eu era uma pessoa que ia a festas e bebia vodka e sonhava com os meninos mais bonitos do mundo. eventualmente, eu pegava esses meninos e a minha vida era pura emoção. será que ele está interessado? será que ele vem falar comigo? será que vamos sair? vai ser bom? vamos sair de novo? e de novo? e aí acontecia. e depois vinha um outro garoto, que era ainda mais interessante. e eu vivia tudo de novo. e tinha o menino que eu não posso linkar. antes, eu tinha raiva dele, porque ele claramente não queria me namorar. depois, eu aprendi a me divertir com ele, com a vodka, os filmes, as canções e a putaria também. eu era a dona do pedaço, embora isso não me caia muito bem.

o que eu vivo hoje é completamente diferente. eu olho para o lado e se for sexta, sábado, feriado ou férias, ele está lá, com a cabeça pousada no outro travesseiro. me apertando e dizendo, com voz de sono, "eu te amo tanto". eu não sabia que eu podia ter essa vida. eu não acreditava nela. não comigo. viver junto com outra pessoa não era um objetivo. e depois eu vi, de relance, que poderia ser bom. meses depois, eu percebi que não seria possível. não com o fotógrafo.

e agora vem a vida e me dá uma rasteira boa. perco o ar antes de cair. eu não estou conseguindo ficar longe dele. não estou querendo. nem precisando. pelo contrário. quando o fim de semana acaba, eu fecho a porta, ele liga o carro. dou boa noite para os gatos, deito na minha cama de casal e fico processando a falta que ele faz.

eu contei isso pra ela. eu estava surpresa. ela disse que é por isso que as pessoas se casam. engraçado. eu nunca tinha parado para pensar nessa razão mais óbvia. para mim, o casamento era mais uma satisfação à sociedade, um sonho em tons de branco e cheiro de flor. no meu caso, algo totalmente inviável, dada a minha inconstância.

e eu tenho medo, agora que me vejo a ponto de dividir a minha vida com alguém. porque as coisas sempre acabam. se transformam, primeiro. e eu não queria nunca que isso sequer mudasse. meu estômago se contorce quando eu penso que um de nós pode se tornar infeliz. que as piadas podem perder a graça. que ele pode ir embora. que eu posso, de novo, não saber como é o amor.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

18:32

[gary barlow] oi. talvez vocês não se lembrem, mas há alguns meses a dona disso tudo mencionou um sujeito que dedicava sua vida a um "despropósito verbal sem fim". o sujeito sou eu e o despropósito é este. a partir de agora, passo a integrar a equipe do contrastalker no emocionante desafio de propagar em letras minúsculas meus mais maiúsculos devaneios. assumo a tarefa sem saber exatamente o que ela significa. o que é um indício de que farei tudo errado e frustrarei as expectativas de todos. inclusive as minhas, como sempre.

minha apresentação também é minha despedida. ou quase. viajo amanhã e passarei uma semana a 3 mil quilômetros de são paulo, por motivos melodramáticos demais para os olhos de tippi hedren. talvez para os seus também; na dúvida, não conto. como vocês ainda não me conhecem, não sentirão minha falta. mesmo assim, prometo que volto para desejar boas festas. porque as minhas, para variar, têm tudo para ser boas.

29 de dezembro de 2007

[tippi hedren] achei o texto abaixo perdido na minha pasta de drafts. eu não publiquei por alguma razão, agora esquecida. não sei se vai dar tempo de fazer um balanço de 2010. espero que sim. enquanto isso, o de 2007. fiquei surpresa quando li. sou eu ali. igualzinha. mas tão diferente também...

2007 foi um ano de contrastes. aconteceram coisas boas e outras tantas incômodas. mas, pensando bem, todo ano tem que ter esse equilíbrio entre as coisas totalmente dispensáveis e as bacanas. não há anos só bons ou só terríveis. há os acontecimentos, esses sim agrupados em bons e terríveis.

na lista dos acontecimentos perfeitos, incluo o emprego 2. esperei bastante para fazer parte da tal grande imprensa. foi só depois de formada que fui parar nela e acho que foi muito bom não carregar mais a inocência universitária ao adentrar o mundo das hard news, embora eu me considere ainda muito bobinha sob alguns aspectos.

de toda forma, eu não quero perder, em 2008 e nos próximos anos, essa minha bobice, porque é ela que me faz ser diferente. no ano que vem, eu pretendo continuar com a minha honestidade de risco, não importa a influência do meio ambiente sobre ela.

o emprego 2 quase foi um affairzinho besta neste ano que está pra acabar. porque eu cheguei a desistir dele pra ficar só no emprego 1. eu achei que daria conta do perrengue, que era tipo uma superjornalista, mas não rolou. fiquei cansada, fiquei frustrada, fiquei puta da vida e joguei pro alto. mas aí algumas coisas mudaram e eu resolvi encarar a briga, mais uma vez. vou tentar de verdade, não só part-time, antes de dizer um adeus tímido e incerto. em 2008, pois, não tem mais emprego 1 e 2, tem "o" emprego apenas.

vou sentir falta da editora, muita falta. mas eu sei que tá na hora de encarar o novo, sem medo, com paciência. afinal, fomos sempre nós duas, a santa paciência e eu, desde o começo.

na lista dos bons acontecimentos, também incluo as pessoas queridas que fizeram parte da minha vida em 2007. teve um monte de amigo véio de guerra e também as pessoas novas que chegaram e foram puxando uma cadeira e, quando a gente viu, tava amarrado o laço.

vou deixar claro, aqui, que eu não sou muito de ligar e mandar e-mail, essas coisas feitas "pra não perder contato". as pessoas que importam, porém, estão sempre comigo de algum jeito. de qualquer forma, espero que em 2008 eu consiga ser uma amiga mais presente.

2007 passou e eu consegui resolver parte dos meus problemas financeiros, o que dá um alívio tremendo. aparentemente, eu sou uma pessoa que sabe cuidar do próprio dinheiro.

nota de rodapé: não precisa, né?

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

18:18

[tippi hedren] eu gosto do otto. eu me emocionei tanto num show... porque é grandiosa a música que ele faz. não me arrisco a dizer qual é minha preferida. mas isso tudo pra dizer que do nada ele me chamou pra conversar no facebook esses dias. nunca fomos apresentados. evidentemente, ele me confundiu com outra pessoa. a conversa não me deixa mentir. eu adorei mesmo assim. quase que tieto. quase que menciono seis minutos. achei que era melhor não dizer nada a respeito. vai que ainda dói.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

21:03

e ele quis! detalhes em breve.

20:49

só deixando claro. não é que a tippi vai parar de escrever. é só que o river vai começar. se ele quiser.

15:54

talvez o contrastalker passe a ser escrito por um garoto. eu sugiro que ele seja o river phoenix. ele acha triste, porque o river morreu jovem. eu disse a ele que os bons morrem jovens. e que o river combina com a tippi. eu disse assim: "vc pode ser o river phoenix. era pra ser. não foi. tipo a tippi". ele ainda não sabe se vai aceitar meu convite. tá com medo de não ter nada que interesse a dizer. eu sei que ele tem.

eu vivi o meu primeiro plantão no trabalho voluntário ontem. foram meses de treino e de simulações. a gente treinou tanta coisa, testou ouvir quase todo tipo de dor. da perda, de não ser querido, de ser sozinho, de ter problemas, muitos deles. e eu achei que seria tranquilo, que eu estava pronta. não foi. fiquei acabada. pensando que porra de privilégio é esse que eu tenho de ter uma vida boa, apesar das minhas dores.

eu nunca fui internada pela minha família. eu tenho amigos. eu tenho um trabalho. eu tenho desejos. por que eu tenho? por que eles não têm? nada explica isso. e que não me venham com um papo religioso. eu não caio nessa.

foi complicado ouvir uma repetição infinita dos problemas mesmo quando, juntos - a pessoa e eu -, conseguimos ver uma luz fraquinha. e aí eu dizia que precisava desligar. e sentia que não tinha de fato ajudado a pessoa. sofrido. mas vou continuar tentando. quem sabe eu percebo que o processo todo ajuda de alguma forma.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

19:00

aconteceu de eu virar blogueira profissional. foi na semana passada. perdi mais um pedaço do meu tempo. vai ficar ainda mais complicado vir aqui. então pensei em fechar o contrastalker. e viver de postar pra muita gente, fingindo que aqueles assuntos me bastam. decidi que não quero fingir. preciso disso aqui. pros meus segredos. pra elaborar as minhas questões. então eu digo que fico. aqui eu não tenho foto, não espero ser a mais lida. sou só eu. e toda a confusão.

***

então eu achei, sem querer*, o perfil dela no twitter. ela, que me falou que sabia da história e que tinha pena de mim. eu meio bêbada; ela, dona da razão. eu sem ele; ele com ela. ela tuitou que comprou panetone pra sogra. então é verdade que eles se casaram. é verdade que eu não servi. que tudo aquilo que ele disse e que doeu tanto era mesmo o que ele queria ter dito. não um jeito estranho de gostar de mim. me senti mal. fazia tempo que eu não me interessava, que eu não buscava notícias. fui clicar pra quê. cliques malditos. não por ele, por eles. por mim e por quem eu já fui. pelo caminho tortuoso que eu fiz pra pedir pra ele ficar. justo eu que não acredito nessas coisas de pedir. eu fiz o que eu mais abomino. e isso, toda vez, ele me joga na cara.

*sem querer. he-he. claro que se a gente faz, é porque a gente quer. freud etc.