sexta-feira, 29 de outubro de 2010

19:37

hoje eu criei um blog novo, o afterpomp.wordpress.com, mas ele não existe mais. viveu poucas horas. o tempo de eu perceber que não preciso de um blog novo pra falar de vestidos, bolsinhas fofas, penteados e afins. cabe tudo aqui. sei lá porque pensei que o contrastalker não daria conta. talvez eu quisesse ter um blog lido por mais de quatro pessoas. talvez eu quisesse escrever sobre o que não dói. bom, paciência. contrastalker vai ter que aguentar fofices.

18:22

sabemos que é um tormento procurar vestido pra usar em casório. se a menina tem um corpo ótimo, fica mais fácil. mas não muito. algumas reclamam da falta de peito; outras se queixam da discrição da própria bunda. eu não. eu tenho bastante dessas coisas e meu problema é justamente fugir de um padrão valesca popozuda moda festa.

tirando, portanto, o piriguetismo (exemplos aqui e aqui) do leque de opções, sobram os modelos não muito decotados e não muito curtos, com as devidas exceções (tipo decote nas costas, que é uma coisa bonita, a depender das costas em questão).

sobraram os básicos e os chiques. os básicos são aqueles de uma cor só, longos ou curtos. o legal de um básico é poder usar sempre. e fica bonito e ryco a depender da maquiagem etc. o chique, bem... o chique é aquela coisa oscar. não trabalhamos.

até porque, além de caros, os chiques geralmente são muito brilhantes. é cafona. perdoável se - e somente se - a usuária for a mãe da noiva. moças não precisam se jogar naquele mar de canutilhos.

e há o problema do tecido brilhante, tipo cetim. se o pano não for realmente bom, vai marcar todas as dobras. a sua pochete discreta? vão nascer holofotes em volta dela.

por isso eu prefiro investir num vestido que não vai me deixar passar vergonha*. e que ninguém vai ter. nem sequer parecido. é no nível björk. brinks!

a verdade é que eu gosto de costureiras. essas senhoras que nos medem inteiras e, com base na nossa imaginação, fazem os vestidos de festa mais graciosos.

para o casamento do ano, eu vou mandar fazer um todo trabalhado no tule. uma coisa meio swing dress com bailarina. e a bolsa que eu vou comprar, prestem atenção, é a bolsa de festa mais linda que pode existir no universo. oremos para que eu tenha dinheiro pra isso tudo.

* eu já passei vergonha. muitas e muitas vezes. é por isso que eu falo do assunto com tanta propriedade.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

18:03

ok, 18 minutos pra escrever este texto. aqui não é a redação. as regras quem fixa sou eu. mas acontece que eu estou na redação neste exato momento. portanto, ela manda no meu tempo. especialmente hoje, quinta-feira. é o dia em que eu preciso deixar tudo quase pronto para o ingrato fechamento de amanhã. tá difícil. olho pra todo aquele texto que eu tenho que editar e a única coisa que me dá vontade de fazer é ir embora. a cada dia tenho mais certeza de que jornalismo não é o que eu gosto de verdade de fazer. no meu teste vocacional, deu psicologia como primeira opção. a segunda era jornalismo. de cara, a minha mãe desqualificou a psicologia. acho que por causa disso eu inverti as posições, de modo que estou neste exato momento cercada por colegas ávidos por notícias. eu não ligo pra elas. as minhas notícias são outras. mas essas ninguém quer publicar. aí, eu opto por caminhos alternativos e vou fazer resenha de cinema. poderia viver disso. também tenho escrito sobre carreira. o que pedirem eu faço, porque eu não quero ficar mais tempo na seção de cartas. porém, acho que mal disfarço a minha falta de paixão, exceto pelas resenhas. passei o dia pesquisando sobre cursos de psicanálise, já que fazer outra faculdade me obrigaria a voltar a morar com a minha mãe. devo mesmo apostar nisso no ano que vem. se eu pudesse, começava já na segunda. e de novo mudaria o rumo da minha vida. doeria abrir mão das aulas de dança e da academia. mal voltei. que agonia. sempre tão difícil escolher. e que mania de não suportar as coisas. não imagino onde isso vai me levar.

no sábado, começa o treinamento para o trabalho voluntário. vai ser um alívio. isso soa estranho, eu sei.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

21:32

várias vezes eu pensei que deveria tornar isso aqui público. então eu seria mais lida. mas mudei de ideia. eu quero continuar anônima e não precisar torcer palavras quando o assunto for complicado, como é o caso.

outra coisa que me fez pensar esses dias foi a falta de temas. não que a minha vida tenha ficado desinteressante pra mim mesma. pelo contrário. acho que ela ficou maior com a minha saída de casa e com a casa que eu tenho pra manter.

talvez haja uma crise muito bem escondida dentro de mim por causa dessas coisas ou talvez eu tenha aprendido a lidar com elas de uma maneira tranquila, com mais tolerância à minha pessoa.

vai ver é o apoio dele, o menino que está comigo de um jeito como ninguém antes esteve. ou é tudo culpa da internet que eu não tenho em casa.

só sei que não vim aqui, como faço agora. desde o blog antigo, é assim que funciona. algo dói ou alegra demais, eu venho aqui, eu escrevo, algo bom acontece dentro de mim.

e hoje? bem, hoje eu estou com medo das coisas que eu sinto, porque elas me fazem mal. começou por causa de uma crítica e terminou com uma culpa que eu senti e alimentei até doer muito.

eu queria ter acertado totalmente. queria a perfeição. não a que está boa pra mim. a perfeição medida pelo outro. o que acontece é que eu sempre faço isso. o olhar do outro é uma reprovação quase sempre. um olhar que me enxerga através de lentes de aumento. diante delas, eu fico pequena. é exaustivo, porque é sempre frustrante. eu sei que é ruim pra mim. eu não consigo parar.

minha insegurança foi escancarada, talvez seja por causa dela que eu demoro tanto para sair do lugar. se eu fosse mais durona, se eu fosse mais cara-de-pau, se eu tivesse menos preguiça, se eu fosse mais nerd, se eu fosse mais popular, se fosse um monte de coisas que eu não sou, talvez...

tão vendo?

"paternalista". foi essa a palavra que desencadeou tudo, eu acho. grandes chances também para a frase "você se diminuiu". e eu analisando tudo. e me cansando de ser tão entusiasta de freud e lacan, porque, por deus, eu não consigo parar de pensar. e de me martirizar. e de ver como eu sou torta. e que algumas coisas demoram muito pra passar.

superar. talvez eu desconheça o verbo.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

20:59

eu queria ter tempo de vir aqui e dizer que a minha vida tá positivamente confusa, com tantas oportunidades mini apontando no horizonte. e que eu finalmente tô sabendo dividir os meus dias com outra pessoa sem exagerar e sem surtar muito com isso. e que, como sempre, eu tô com medo de que essa relação se torne algo insuportável em alguns meses, porque é isso que acontece comigo. é gostoso, é melhor do que qualquer coisa que houve antes, é apaixonante. e aí eu sinto que tô em movimento constante. e vem a descida. e me falta o freio. queria contar que o meu chefe me fez chorar hoje de tão fofo que ele foi. e que eu vivo pra me relacionar com gente que tem coração. e eu agora tenho um celular de gente que se conecta e tô supermega nerd. disse.