terça-feira, 16 de novembro de 2010

21:25

chorei sem entender por que. acho que foi de alívio. acho que não preciso mais do bisturi. acho que entendi o quanto dói em você relembrar o passado. pena que eu tenha precisado ver você chorar. pena que eu tenha recorrido ao bisturi tantas outras vezes e machucado outros corações por aí. eu não percebi que o que eu quero, a verdade, se ela existir, não merece essas cicatrizes. acho que chorei por me livrar desse padrão dolorido. me despedi mais uma vez de mim. de um jeito tão conhecido de agir. mas isso eu só percebo agora, porque ontem doía demais. e eu não podia pensar direito. mas te amo. ainda. sim. ainda. disso nunca duvidei. nem quando doeu mais. whatever words i say, i will always love you.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

18:59

(para ler ouvindo isto )

fui destruída pelo quarto do filho, um filme italiano de 99 minutos. pareceram horas. tão bonito, tão humano. que dor possível, aquela. todo mundo vai sentir um dia. todo mundo.

fiquei estática quando acabou. pelo filme, por causa daquela música que toca no final. eu mal conseguia explicar por que estava naquele estado. de pé, virando poça. eu já disse isso antes, no outro blog. eu não era mais uma pessoa. eu era um sentimento.

o que doeu é que todo mundo estava separado. até tentavam se ajudar, principalmente a filha, que conseguiu olhar mais para a dor dos pais do que para a própria. porém, eles estavam impenetráveis. cada um tentando resolver aquilo como podia, com as limitações todas.

e vem a arianna e quebra todo mundo. mais ainda. só que de um jeito libertador. ela é alguém de quem eles podem cuidar. ela é a lembrança mais viva e mais alegre do andrea.

eu adoro quando o giovanni chora no trabalho dele. eu sinto o alívio dele de longe.

já a cena do jogo do basquete, a da notícia, corta o meu coração irremediavelmente.

mas adoro quando eles cantam no carro. ali sim. todo mundo junto. ridículos. e tão felizes.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

eet

sweet.

chorei ouvindo. a resposta fácil é a tpm. a verdadeira é que eu sou mesmo assim, de chorar por tudo que me toca, de leve ou o coração todo.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

18:11

eu atraio baratas. já tive dois contatos íntimos e totalmente nojentos. uma vez, a gata velha (que tem cara de barata, por sinal) estava toda saltitante a brincar. e eu sentada no chão, entretida com alguma coisa no notebook da minha mãe. aí, a gata começou a me dar patadinhas de leve, do tipo "sai daí". e eu achei que eu tinha sentado em cima de algum brinquedo dela. e eu tinha. e esse brinquedo era gelado e se mexia. quase morri do coração quando me vi voluntariamente segurando uma barata. asco. profundo asco.

a segunda vez foi quando eu sonhei que uma barata andava em mim. no meu braço. rá, não era sonho! gritei, gritei. o namorado, inocente, achou que eu tinha tido um pesadelo. quem me dera etc. mencionei a barata. e ele: onde ela tá agora? eu: joguei aí do seu lado! é, eu sei, não foi uma atitude camarada.

aí, teve essa outra vez também.

e hoje tinha uma semi-viva no box. e os gatos ficaram disputando o prêmio nojento. e eu atrasada, precisando tomar banho. finalmente, a gata caolha levou o bicho pra fora do box e eu pude varrê-lo. tomei banho de chinelo. juro por deus, tinha sangue de barata no chão.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

19:55

na madrugada de hoje, eu sonhei que tinha feito uma megacagada numa matéria. o meu desespero: eu tinha me esforçado pra que ela ficasse boa e correta. mesmo assim, alguém recebeu alguma denúncia contra mim. alguém importante, do alto escalão da revista. parece que eu tinha usado uma informação errada ou adotado uma linha que não agradava, não me lembro direito. e havia muitos erros na matéria. erros de ortografia, de lógica. na história, também entra um jornal argentino. o clarín, talvez. chegou uma carta do clarín falando mal da minha matéria e me incriminando. acho que foi isso. só o meu chefe acreditou em mim. mesmo com vergonha do que eu tinha feito. e ele ainda me deu outra pauta. e eu pensando "que louco de confiar em mim".

19:52

cada sonho mais perturbador que o outro. na madrugada de sábado, sonhei que um mega escândalo divulgado pela mídia tirava 10% dos votos de dilma a cada hora. e apareciam os boletins. e eu ficava desesperada, sem ver chance nenhuma.

"o que mata é que não há espaço para a verdade na ditadura"

dilma, presidenta. um dos dias mais felizes da minha vida.