sexta-feira, 16 de julho de 2010

19:30

hoje, ele completou 55 anos. eu tive coragem de ligar e dar os parabéns. reatar o laço é mais complicado. pelo menos, eu desengavetei a questão.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

00:11

é tarde, passa da meia-noite. estou sozinha na redação. há apenas o tec tec tec do meu teclado e o som que vem de uma das oito tvs de plasma daqui. o assunto do momento é a investigação do jogador bruno, do flamengo, suspeito de matar a ex-namorada. eu não consigo pensar nisso nem no texto que acabei de entregar. penso em tantas outras coisas... escreverei sem censura, conforme me vêm os pensamentos.

em primeiro lugar, sinto falta de ter aquelas duas por perto. nem chegamos a ser tão amigas, mas era bom poder falar sobre qualquer coisa e principalmente sobre o universo dos blogs (dos blogueiros, mais propriamente). era igualmente bom rir, assistir seriado, ir ao mcdonald's numa noite de fuga, comemorar aniversário com bolo e flute (ou flûte) do vanilla. se não fosse por aquela noite desastrosa, estaria tudo bem e eu ainda seria uma pessoa compreensível para elas.

aquela noite também mudou a percepção que tenho dele, mas não sei se gostei disso. nem sei se estou certa. eu apenas senti que ele não me protegeu. pelo contrário, me expôs ao risco. eu fui, feito onda. estava submersa nos desejos que não eram propriamente meus. mas eu sou grande o bastante para escolher, não sou?

eu gosto dele, desse garoto. gosto mesmo. no sentido mais amplo, que abarca mais do que noite de sexo, romance e expectativa. como não gostar pra sempre de alguém que ensinou a gente a ouvir música? de quem está por aí, por perto, ainda que os anos passem? de um cara que está lutando pra sair de sua concha? tem tanta coisa lá dentro que não ouso mais classificar. só sendo muito simplista. ou muito ingênua.

e agora há uma nova pessoa na minha vida. já existia, mas ganhou novo status. é bom, é seguro, é gostoso. mas não paro de me perguntar "até onde dou conta?". isso me angustia logo na partida. de cara. não sei até onde vou, o que quero e o que fazer. mas vamos, então, juntos descobrir.

espero que ninguém descubra que demoro tanto pra escrever um texto e depois ainda posto no meu blog confessional.

tô sentindo um monte de coisas, um monte. ainda termino este post.